29 dezembro, 2022

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DEMENCIA

A demência é a redução das funções mentais, de forma lenta e progressiva. Afeta a memória, o comportamento, o pensamento, a linguagem e a capacidade cognitiva, que podem INTERFERIR DIRETAMENTE NA QUALIDADE DE VIDA E COTIDIANO DO PACIENTE.

Embora o aparecimento da demência possa ser causado por diversos fatores, está mais frequentemente associado ao envelhecimento. A demência normalmente ocorre em indivíduos acima dos 65 anos de idade. A doença de Alzheimer e a demência Vascular são as principais formas de demência no idoso, correspondendo a cerca de 80% a 90 das causas.

É uma Síndrome Neurodegenerativa, sendo a demência a deterioração mais grave das capacidades mentais, e isso tende a piorar ao longo do tempo; sendo observado a ampliação dos problemas mais graves cognitivos, de linguagem e de comportamento.

Notando os pacientes com demência, observa-se alterações comportamentais e mudança de personalidade, como: apatia; euforia, disforia; irritabilidade, agressividade; delírio; alucinações; comportamento motor; desinibição; ansiedade.

Já na observação da linguagem, podemos ter dificuldades em: memória; orientação em tempo e espaço; linguagem e fala; praxia; atenção; percepção visual; funções executivas e sociais.

Com os critérios definidos, podemos ter alguns tipos de demências, com diferentes sintomas e comprometimentos: Alzheimer, Parkinson, Corpúsculo de Lewy, Fontoremporal, Vascular, Mista.

 

29 dezembro, 2022

ENVELHECIMENTO TIPICO, COMPROMETIMENTO COGNITIVO E DEMENCIA


Ao pensar em desenvolvimento e envelhecimento cognitivo, temos que ter em conta sobre o típico e o atípico. Isso é pensado na observação cognitiva, linguística e comportamental dos idosos e como impacta na vida da pessoa.

Quando pensamos em envelhecimento típico, observamos menos palavras para exprimir as mesmas ideias, normalmente essas palavras são mais simples e corriqueiras; discurso redundante; apresenta manutenção da estrutura da língua; alterações de atenção, memória, funções executivas; dificuldade de acessar a forma da palavra, normalmente palavras de baixa frequência; menor velocidade de compreensão.

De forma geral, percebemos uma diminuição na fluência da conversa, sendo um pouco mais arrastada, pausada, repetitiva, pouco preciso, mesclando algumas histórias, porém não interferindo em nível linguístico, compreensivo, social e interativo da pessoa.

Porém é necessário observar quando esses comportamentos começam a interferir na vida cotidiana desses idosos. Pensando nessas problemáticas, podemos definir dois itens de comprometimento:


-> Comprometimento Cognitivo Leve - CCL.

-> Demências (relatado no próximo post).


Envelhecimento: Tudo que você precisa saber como o Pilates pode ajudar!


COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE

Caracterizamos esses idosos como uma fase intermédia entre o funcionamento cognitivo esperado para o envelhecimento normal e os déficits que caracterizam a demência.

É evidenciado por queixas cognitivas por meio de testes, seja memória, função executiva, linguagem, habilidades visuo-espaciais, exame neuropsicológicos; mas não satisfaz o critério para demência. Essas queixas de alteração cognitiva que apresenta podem ser feitas pelo próprio paciente ou pelo informante/familiar.

As alterações presentes NÃO INTERFEREM NA FUNCIONALIDADE DO PACIENTE. Ou seja, há ausência de comprometimento mínimo nas atividades de vida diária.

Quanto a linguagem, temos resultados influentes na fluência verbal (diminui a velocidade de fala, alteração na fala espontânea), nomeação (anomia, lembrar os nomes, troca de nomes – quer dizer cachorro, mas fala animal ou gato -, nem sempre se beneficia de pistas, esquece palavras novas e de baixa frequência em sua fala), e compreensão (quando demanda conhecimento contextual diferente do habitual, outros sotaques, inferencial adicional). 

 

12 setembro, 2022

DICAS para familiares na convivência diaria com os PACIENTES AFÁSICOS:




O papel da família é muito importante, por isso, pequenas atitudes podem ajudar pessoas com afasia a se comunicarem melhor:

– Tenha paciência e dê mais tempo para a pessoa se expressar e compreender você.

– No dia a dia, use frases curtas e simples, de fácil entendimento; caso seja necessário, repita as frases.

– Busque ambientes tranquilos, sem agitação e barulhos, para se comunicar com o paciente.

– Se coloque na frente do paciente, para que o mesmo possa ver sua boca e expressões faciais.

– Se necessário, use desenhos, gestos e imagens para reforçar a compreensão;

– Organize a conversa e fale sobre um tópico de cada vez; se possível, comente que irá trocar o assunto.

– Não complete a frase do paciente, deixe-o buscar as informações com calma e tempo; caso não seja possível pelo paciente, dê opções de palavras para terminar a frase.

– E o mais importante:

Mostre que você realmente se interessa pelo que a pessoa tem a dizer e que, apesar das dificuldades, você a entende, a compreende, está ali e é sempre muito bom conversar com ela.

 

12 setembro, 2022

AFASIA




A afasia e uma alteração de linguagem que ocorre após uma lesão cerebral, geralmente do lado esquerdo do cérebro. Esse distúrbio pode ocorrer em indivíduos de todas as idades, porém é mais frequente em pessoas idosas.

Não há dados estatísticos específicos sobre a incidência das afasias na população brasileira, haja visto, que podem ser consequência de uma série de doenças neurológicas. A principal causa e o AVC, mas também pode ser decorrente de tumores cerebrais, traumatismo crânio-encefálico, aneurismas, infecções cerebrais, abcessos cerebrais, alguns tipos de demência, esclerose múltipla, outras doenças neurodegenerativas, doenças metabólicas...

O Fonoaudiólogo e o profissional responsável pela reabilitação das manifestações de linguagem. As dificuldades de comunicação nas afasias podem abranger todos os domínios linguísticos: compreensão, nomeação, repetição, fluência, emissão oral, leitura e escrita. As manifestações são variadas de acordo com a doença base, o tipo de afasia e amplitude do dano cerebral ocorrida.

A manifestação linguística mais comum e presente em todos os tipos de afasia é a anomia (nomeação). A anomia na fala é o nome dado a dificuldade de encontrar palavras para se expressar, normalmente em fala espontânea.

Importante destacar que essas lesões cerebrais, podem vir acompanhadas de outras alterações pertinentes a Fonoaudiologia, tais como: apraxia, disartria, discalculia, disfagia e alterações cognitivas.

 

A afasia pode ser dividida em duas grandes categorias: a primária progressiva e a secundária. Ambas apresentam sinais e sintomas já citados acima.

 

Afasia primária progressiva

Ela se encaixa entre as doenças neurodegenerativas e é considerada a mais severa. A causa do problema não está clara, devido a dados individuais do paciente, e os desdobramentos da evolução da enfermidade ainda é incerto.

Também apresenta problemática na expressão, ocasionando em repercussões psicológicas profundas devido a troca brusca de rotina e qualidade de vida. Daí a importância de amenizar os sintomas e buscar apoio psicológico.

 

Afasia secundária

Essa surge proveniente de lesões cerebrais (traumas, hemorragia, encefalite ou um AVC). Nesse tipo de afasia, a evolução depende da causa e local da lesão, bem como a variação sintomática presente. Entretanto, os déficits de linguagem não são raros de encontrar. 

Existem vários tipos de Afasia Secundaria, cito rapidamente os mais comuns:

- Broca: afeta mais a expressão. Apresenta compreensão preservada, comprometimento na emissão e nomeação, sendo não fluente em fala. Quando em fala espontânea e direcionada, apresenta estereotipias, parafasias fonêmicas e agramatismo. Sua escrita apresenta muita dificuldade, igual ou pior que a fala. Pode emitir somente sons ou silabas monossílabas, mas entende o que está sendo dito.

- Wernicke: é quando o indivíduo não compreende o outro e sequer reconhece símbolos auditivos, visuais ou táteis. Apresenta compreensão muito comprometida, sua repetição de palavras e frases também está prejudicada, quando produz apresente fluência de fala (porém não coerente). Quanto a fala espontânea e direcionada apresenta neologismos, parafaias fonêmicas e semânticas, jargonofasia. Sua escrita apresenta-se de forma igual ou pior que a fala.

- Global: quando o quadro reúne as características de ambas acima. Percebe-se como um quadro mais grave, devido à falta na compreensão e muita dificuldade na emissão do paciente, trazendo grandes prejuízos na interação do paciente.

- Condução: a lesão causa interrupção entre as áreas de Broca e Wernecke. As manifestações são muito parecidas com a afasia de Wernecke, porém a diferença é que esse paciente apresenta sua compreensão preservada.

 

Quando observado alguns sintomas desses, de forma espontânea e inesperada ou apões alguma lesão cerebral, o neurologista (ou neurocirurgião) responsável, bem como o fonoaudiólogo especialista em linguagem, devem ser procurados.

Em ambos tipos, o Fonoaudiólogo especialista em linguagem, deverá trabalhar as manifestações comunicativas presentes. A reabilitação e prognóstico do paciente são pensados em formato individual, sempre buscando envolver os membros da família. Os profissionais são responsáveis em repassar seus objetivos, técnicas e projeções de melhora (no caso de afasia secundaria) e estadiamento do quadro (na afasia primaria progressiva).

De qualquer forma, após o diagnóstico o indivíduo e a sua família precisam se preparar para um processo de reabilitação que pode ser bastante lento e trabalhoso. A frequência no tratamento também será direcionada, porém quanto mais estímulos pertinentes, espera-se que a melhora seja igualitária ao esforço dado. Todo tratamento deve ser direcionado por meio de estratégias para melhorar o cotidiano e dar melhor qualidade de vida ao indivíduo.